Influência do novo salário-mínimo de 2025 sobre a remuneração dos Jovens Aprendizes

Com a chegada de 2025, o novo salário-mínimo nacional passou a valer R$ 1.502,00, trazendo mudanças importantes para diversos setores da economia, e, claro, também para os Jovens Aprendizes. Mas como essa atualização realmente afeta a remuneração de quem está começando no mercado de trabalho por meio desse programa? Neste conteúdo, vamos explicar de forma simples e direta o que muda e o que continua igual.

O que é o Jovem Aprendiz?

Antes de tudo, vale lembrar que o programa Jovem Aprendiz foi criado para oferecer oportunidades de emprego e capacitação para jovens de 14 a 24 anos, que ainda não tiveram acesso ao mercado de trabalho.

As empresas de médio e grande porte são obrigadas a contratar aprendizes, que combinam trabalho com formação teórica em instituições parceiras.

O contrato tem duração máxima de dois anos, com jornada reduzida (de 4 a 6 horas por dia), justamente para não atrapalhar os estudos.

O grande atrativo do programa é permitir que o jovem aprenda na prática, ganhe experiência e receba um salário proporcional às horas trabalhadas, além de outros benefícios trabalhistas.

Como é calculado o salário do Jovem Aprendiz?

O salário do Jovem Aprendiz é calculado com base no salário-mínimo vigente, sendo proporcional à carga horária diária de trabalho. Por isso, toda vez que o salário-mínimo é reajustado, o valor pago ao aprendiz também sofre alteração.

Até 2024, o salário-mínimo era de R$ 1.412,00. Com o novo valor de R$ 1.502,00 em 2025, houve um aumento de R$ 90,00, o que representa cerca de 6,37%.

Esse reajuste, mesmo que pareça pequeno, impacta diretamente a remuneração do aprendiz, já que ele recebe um valor proporcional às horas trabalhadas com base nesse piso nacional.

Exemplos práticos com o novo salário-mínimo

Para entender melhor o assunto, trouxemos alguns exemplos práticos. Abaixo, confira mais detalhes sobre o novo salário mínimo para jovens aprendizes.

• Aprendiz com jornada de 4 horas por dia (20 horas semanais): se o salário mínimo de R$ 1.502,00 equivale a uma jornada mensal de 220 horas, o valor da hora é de aproximadamente R$ 6,83.
  Assim, um jovem que trabalha 20 horas por semana (cerca de 80 por mês) deve receber algo em torno de R$ 546,40 mensais;
• Aprendiz com jornada de 6 horas por dia (30 horas semanais): Nesse caso, com uma carga horária mensal de aproximadamente 120 horas, o salário deve ser por volta de R$ 819,60.

Além disso, os jovens aprendizes têm direito a vale-transporte, férias (proporcionais e preferencialmente junto com as escolares), 13º salário, FGTS (com alíquota reduzida de 2%) e INSS. Ou seja, o reajuste no salário-mínimo também pode influenciar esses benefícios.

O que representa esse aumento para os jovens?

Para muitos jovens de baixa renda, o programa Jovem Aprendiz é a principal porta de entrada no mercado de trabalho e uma forma de ajudar nas despesas da família, além de ganhar autonomia financeira.

Com o aumento do salário-mínimo, mesmo que o valor recebido ainda seja proporcional, o jovem passa a ter um ganho um pouco maior, o que faz diferença no bolso.

Também é um estímulo a mais para que mais jovens busquem oportunidades nesse formato, sabendo que além de aprender uma profissão.

O reajuste do salário-mínimo de 2025 traz impactos positivos para os Jovens Aprendizes, garantindo que sua remuneração acompanhe a valorização do piso nacional.

Embora os valores ainda sejam proporcionais à jornada reduzida, o aumento representa um passo importante na valorização do trabalho juvenil e no incentivo à formação profissional de milhares de brasileiros.

Ficar atento às mudanças no salário-mínimo é essencial tanto para os jovens quanto para as empresas que contratam aprendizes, afinal, o valor pago deve estar sempre de acordo com a legislação vigente.

Escrito por

Juliana Raquel